.

.

.

.

Aventura na Pororoca

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011








Após ouvir falar muito sobre a onda mais longa do mundo, não contive a minha curiosidade e tive de conhecer
este nosso fenômeno incíivel em plena mata. Antes eu pensava que a onda da pororoca era de fato uma onda cheia, gorda e sem força para
o bodyboarding, baseado no que já tinha visto em muitas fotos e filmagens de bodyboarders na onda, mas ainda assim eu seguia com aquela vontade
de sentir a onda e comprovar se realmente dava para executar manobras de lip, usando velocidade com radicalidade e fluidez.
Quando foi feito o convite, nem pensei duas vezes e me apressei pra fazer parte desta barca que tinha como líder, o surfista Marcelo Bibita, que é um dos precursores mais experientes da onda. Representando a equipe do Diario do Nordeste o jornalista e o fotografo George washiton e Natinho Rodrigues,
e também biunnho com seu Jetski, que foi o adianto da viagem. Na estrada a galera foi descontraida com as boas historias do fotografo Natinho que tinha sempre uma da manga para contar, e com esta boa sintonia, eu estava muito ansioso pelo o que vinha pela frente. Ao chegarmos ao pequeno Município de Arari, a 163km da Capital do Maranhão, São Luiz, nos alojamos em um dos poucos hoteis que a cidade possui, bem às margens do Rio Mearim, que é o rio onde ocorre o fenômeno. Soube que durante muitos anos a pororoca aterrorizou as tribos indígenas locais, bem diferente de hoje em dia onde os descendentes destas mesmas tribos adoram ver os surfistas deslizarem na onda e gostam tambem quando levamos tombos com galhos e etc. Que o diga o nosso amigo George Onorato Noronha que levou o sacode mais aterrorizante da viagem. Foi rapido porem a onda o jogou contra a margem do rio com muita força, e os nativos se divertiram muito com a cena e não paravam de rir um só instante.
Achei algumas ocas muito sofisticadas, tinham telhas e sempre a bombar um alto e propagado som para toda a vizinhança. Era uma vibe muito boa e tivemos a oportunidade de conhecer os the ''real locals"do pico, o Marquinhos e o Didi, pessoas humildes e com o coração do tamanho da selva. Acolhedores, engraçados e sempre dispostos a ajudar, os traços indigenas ainda vivem muito forte naquele povo. Hoje a cidade atrai surfistas e turistas de todo o Brasil que vão para lá em busca de surfar e registrar uma das ondas mais extensas do planeta.
A primeira onda que surfei na Pororoca foi na bancada do curral da igreja. Tive uma primeira impressão que a onda era fraca e sem força,como ja tinha imaginado antes, mas logo na sequencia fui para a bancada do Bonfim e a minha concepção logo mudou. Vi que quando ela chega na bancada vem com uma força arrebatadora, e isto foi na sexta dia 18, o apse da maré seria no domingo.


No sabado acordamos cedinho e foi o dia de conhecer a bancada do Sitio. Já me senti muito mais a vontade na onda, é pena que ela não durou muito tempo e acabou antes da manobra prevista, mas tá tranquilo, ainda temos o domingo rei.
E o domingo que foi o dia mais esperado da trip, pois a maré estava no auge da cheia e tudo contribuindo para a onda ser a onda da viagem. Acordamos cedo e a equipe dos prevenidos com suas lanchas me deram uma carona meio que sem querer mas cederam gentilmente, então encontrei com mais alguns surfistas e o crowd já era pra lá de 10 pessoas. Quando ela veio se aproximando do pessoal, era uma espuminha pequena que do nada tomou força e já pulamos nela. Depois de dividir a onda com todos, a mãe natureza me presenteou com um grande momento a sós com ela, fiquei viajando entre a espuma e a parede, esperei um lip para bater e não armou, mas dei varias sequencias de cut's com invertido e 360 normal, depois disso entrou outra galera na onda, e dividi com o meu xara Marcelo a direita e o George com amigos na esquerda, quando dei por mim já estava contemplando a rainha da selva sózinho novamente. Fiquei na adrenalina por mais algum tempo até que saí da onda por livre e espontanea vontade, pois já andava só na sua ondulação sem parede ou espuma, fiquei a deriva no meio do rio sendo levado pela correnteza e nesta parte que me senti um pouco aterrorizado pois todas as lanchas com o pessoal se fora, seguindo a onda. Mesmo sem ter certeza, qualquer vulto que eu via me parecia com um jacaré ou coisa parecida. Fui andando nas margens ate encontrar algum ser humaniode vivo depois de algum tempo.
Foi isso! adrenalizante do inicio ao fim...








Fotos: Natinho Rodrigues.
Mf( Fish/5C/Pranchão)
=]

0 comentários:

Postar um comentário

 

2009 ·Marcelo Freitas by TNB